sábado, 23 de agosto de 2008

Velho blog, novo blog...

Bom, como tudo acaba um dia, o mesmo acontece com esse blog...

Novas postagens em: www.likedevilindisguise.wordpress.com

Como o nome é meio comprido, difícil de lembrar, coloca logo nos favoritos pra ficar mais fácil! ;)

Obrigada a todos (raros) que comentaram, e continuem comentando no novo!!!

Beijos!!!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Da incapacidade de me despedir

Eu não sei me despedir dos outros. Acho que lido melhor com a morte do que com essas despedidas normais, corriqueiras, que acontecem pelas mudanças da vida.

Fim de ano no colégio para mim sempre foi uma tortura. Aquelas festinhas na sala, as camisas assinadas, rabiscadas e pichadas... Invariavelmente, eu saía do colégio chorando. Mesmo sabendo que voltaria no ano seguinte e não deixaria de ver minhas amigas nas férias.

No oitava série a sede do meu colégio mudou. Quase tive um filho. Depois adorei, claro... mas eu sempre fui apegada. No 3o ano eu fui capaz de esquecer a noção em casa e, no último dia de aula, entrar na sala do meu coordenador com os olhos cheios de lágrimas e dizer “ME REPETE DE ANO QUE EU NÃO QUERO ME FORMAR!!!”. Consegui no máximo uma recuperação em química. Na colação eu fui a primeira a chorar, batendo o recorde: 10 segundos desde o início da cerimônia.

Encarar com maturidade mudanças de prédios também nunca foi fácil. Aceitar a venda da casa do meu pai foi uma tarefa hercúlea. Cheguei a me despedir de um amigo 3 vezes, só para não ter que, de fato, me despedir. Minha prima, então, mal consegui olhar na cara. Impossível.

E aqui estou novamente. Uma das minhas melhores amigas está viajando hoje para Espanha. Vai ficar um ano inteiro! E eu, pateta, saí sem dizer tchau, adeus, até logo, boa viagem, ou coisa nenhuma. Ontem, faltei a última despedida. Não fui pra Lapa, não liguei, não avisei que não ia. Amarelei legal. Hoje peguei o celular, liguei e disse: “boa viagem”, “tudo de bom”, “aproveite!”, “mande e-mail”... E acrescentei o comentário “NÃO ME FAZ CHORAR QUE EU TO NO TRABALHO!”. Tudo em 45 segundos. Não dá, gente. Não sei me despedir.

Então, Liazinha, vai aqui tudo o que eu não consegui dizer.
Boa viagem! Eu sei que você vai ser muitíssimo feliz na Espanha, assim como é aqui no Rio. Estude muito, conheça muita gente, faça muitos amigos, mas volte. Aliás, volte LOGO. Vou morrer de saudades!!!! Te amooooooo!!!! =)
É, só faltou o abraço. Daqui a um ano, então...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O que prateleiras têm a ver com seu lado "podre"

Depois de voltar de uma aula sobre Jornalismo Cultural com o Arthur Dapieve, muita coisa se esclareceu na minha mente sobre textos, opinião, e outras coisas mais.

Mas o que me chamou atenção e o que dá pra falar aqui foi uma maravilhosa explicação sobre o que escrever em um caderno de cultura. Sendo um profissional, dificilmente um jornalista poderá (pelo menos em início de carreira)escolher sobre o que falar. Ou melhor, sobre o que não falar. Caras como o Dapieve escolhem, mas, no caso de você não ser tão bom, ou tão experiente, é importante segmentar o cérebro de modo a evitar falhas graves. Falhas que podem destruir sua credibilidade ou seu emprego.

Ele divide a mente como uma estante. Na prateleira de baixo, as coisas que ele não gosta e não são importantes. Por exmplo, Concordo. Não fez cosquinha na história da música baiana, e olha que a Bahia não é lá muito exigente com isso. Pelo menos em termos de Axé.

Um pouco mais acima, as coisas que ele gosta, mas não são importantes. Claudinho e Buchecha vai aí. Concordo também. Até porque foi por causa da dupla que eu aprendi, aos 10 anos, o que significava “lenitivo”. Ainda que até hoje não consiga entender como isso se encaixa num funk.

Na prateleira do meio vai o que ele não gosta, mas é importante. Hummmm... Minha lista aqui é quilométrica.

Na de cima, o que ele gosta e realmente é importante. Rolling Stones, The Clash, Caetano Veloso, etc.

No topo da estante, o que vai além de tudo: Bach, Cartola, e uns (poucos) gênios.

Ao ouvi-lo falar disso, fiquei com uma coisa na cabeça. O grande barato da música, como forma de arte, entretenimento, o que seja, é o fato de juntar sob um mesmo teto Claudia Leite e Bach. Você pode até achar ruim (como eu particularmente acho), mas não pode usar a frase clássica de quem critica alguma coisa: “Claudia Leite não é música!”. Não, querido??? É o que??? Artes plásticas???

Diante disso, faço eu a minha listinha (gosto pouco de lista, né?)

5- Não gosto e não é importante
É o Tchan
Babado Novo (tenho vontade de morrer quando ouço Bolha de Sabão)
Pagode do tipo Travessos, Sorriso Maroto, Revelação
4- Gosto, mas não é importante
Britney Spears
Kelly Key
Boy bands, em geral

3- Não gosto, mas é importante
Paulinho da Viola
Música Clássica
2- Gosto e é importante
Tropicalismo
Bossa Nova
Madonna
Michael Jackson
Rolling Stones

1 – Tipo Deus
Chico Buarque

CAMPANHA REVELE SEU LADO PODRE!
Confesse aqui que você também gosta de Tati Quebra Barraco!

domingo, 10 de agosto de 2008

Dogville.


Dogville seria apenas mais um filme de crítica a sociedade norte-americana não fosse a competência de Lars von Trier. Seria apenas mais um longa protagonizado por Nicole Kidman não fosse a genialidade do diretor que optou pela falta de cenários e grandes efeitos para tratar de temas espinhosos como a arrogância, generosidade e a alma humana.
Mas, Lars Von Trier não é um diretor comum. E suas escolhas fizeram de Dogville um retrato contundente do EUA durante a Grande Depressão, e até hoje.

A ausência de cenários concentra a atenção do espectador no que realmente importa: a ação dos personagens. Sem paredes, portas, janelas, ou qualquer recurso cênico, podemos assistir de camarote o que se passa em toda a cidade de Dogville, uma pequena comunidade perto das Montanhas Rochosas, onde chega Grace (Nicole Kidman) fugindo de gangstêrs.

Grace logo encontra Tom, um escritor que nunca escreveu mais de duas palavras e passa o tempo às voltas com discursos morais. Em busca de um exemplo para sua comunidade, Tom vê em Grace exatamente o que precisava: a prova de que os cidadãos de sua cidade têm dificuldade de aceitar novas situações.

Mais do que um exemplo, ao ser aceita pela comunidade, Grace passa a ser uma parte importante na vida dos habitantes de lá. Ela tem duas semanas para provar que é digna de confiança e passa a realizar pequenos serviços que os moradores não precisam, mas “generosamente” a permitem fazer em troca de hospitalidade.

A paz em que a cidade mergulha com a chegada da moça, é perturbada com outra chegada: a da polícia, que afirma que Grace é procurada por assaltos a banco. Mesmo sabendo que não é verdade, os habitantes de Dogville passam a cobrar um preço mais alto pela sua generosidade. Grace logo se torna escrava daqueles que, há pouco tempo, eram seus amigos. É estuprada, humilhada e mal-tratada por quase todos no lugar.

Clichê? Não, longe disso. O filme é todo feito de sutilezas. A maldade presente em Jason, ainda menino. A passividade de Grace que, só ao final, entendemos como arrogância. A suposta generosidade dos habitantes ao deixar que Grace os ajude. A paixão de Tom, traduzida em omissão, já que, mesmo apaixonado, não faz nada quando sua amada em estuprada por todos os homens do lugar. A vaidade disfarçada de Liz. Está tudo ali. Exposto em uma cidade sem paredes que deixa transparecer a rotina e a indiferença de uma pequena cidade. Norte-americana, sim, mas que poderia estar em qualquer lugar do mundo.
A discussão destes valores tão presentes na vida cotidiana se resume a uma frase: afinal, até onde iríamos se não tivéssemos ninguém olhando?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A maldição do Batman


Assim que li que Heath Ledger seria indicado ao Oscar mesmo depois de sua morte, estranhei. Estranhei é um eufemismo para "achei ridículo". Afinal, mesmo o cara sendo muuuuito bom, outros atores (vivos) mereciam ter sua performance avaliada sem o peso que uma morte trágica traz. Além disso, a Academia só deu 2 prêmios póstumos até hoje. Mas antes de reclamar, achei melhor assistir ao filme.

A verdade é que antes da minha curiosidade sobre a performance de Ledger, veio minha paixão antiga pelo Christian Bale. Fã número 1 do cara desde que ele foi o par romântico de Winona Ryder em "Adoráveis Mulheres" eu não perco um filme com ele. Entrei no cinema pensando "mesmo se for muito chato, pelo menos tem o Christian Bale". Me desculpem os fãs de filmes de herói, mas para uma pessoa que entende histórias em quadrinhos como sendo a Mafalda e Mulheres Alteradas, vamos combinar que três horas de filme pode ser um tanto quanto... chato!

Em minha defesa, a verdade é que pouco reparei no Batman. Reparei nos raros momentos em que consegui desviar os olhos do Coringa e não estava me perguntando "que raio de voz é essa que o Batman faz?". Mas, Heath Ledger É o Coringa. Ou melhor, era. Isso é inegável. Aliás, ele também era um cowboy gay, também era um cara que conquistou todas as adolescentes da minha época cantando "Can't take my eyes off of you" para a Julia Stiles no campo do colégio, também era um cavaleiro medieval. Heath Ledger era tudo que ele se propunha a fazer. E se o Coringa era uma mente perturbada, o Heath Ledger também.

As investigações foram encerradas hoje. A overdose foi acidental. Ok, eu jamais tomaria uma overdose "acidental", mas ok. Mas os mistérios continuam... Primeiro, o que o Jack Nickolson quis dizer com a frase "eu bem que avisei..." sobre seu personagem em Batman? Segundo, porque diabos o Heath 'tudo de bom' Ledger, com um celular abarrotado de telefones de mulheres maravilhosas ligaria logo para a picolé de chuchu Mary-Kate Olsen poucos momentos antes de morrer? E porque ela preferiu ligar para seguranças particulares ao invés de 911?
Mistério...

O mistério aliás continua no filme como um todo. "Batman - O cavaleiro das Trevas" espalhou uma maldição por aí. Concordo plenamente com o Xexéo. Heath morreu vítima de uma overdose, Christian Bale foi preso por bater na mãe e na irmã, e até o Morgan Freeman sofreu um acidente greve de carro. E olha que ele tinha sobrevivido a maldição de fazer um filme com o Jack Nicholson, que por si só, já é mais assustador que o Coringa.

Quem será a próxima vítima de acontecimentos estranhos? Maggie Gyllenhaal, Aaron Eckhart, Gary Oldman, Michael Caine? Façam suas apostas.

Ah, sim! Estou torcendo para que o Ledger ganhe o Oscar de Melhor Ator.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

22

Junho foi embora e, com ele, o meu inferno astral.

Não deveria se chamar inferno, afinal, já esse período torto, confuso, tosco e dolorido já me acompanha há 22 anos. E eu só aprendi a chamar de “inferno astral” há uns 7. Sim, porque minha mãe conta que desde que eu nasci, todas minhas “evoluções” aconteceram um mês antes do meu aniversário. Portanto, em maio. Em junho, eu tentava me adaptar as mudanças.

Quando você está aprendendo a andar, é lindo. Você tenta se adaptar à sua casa, às quinas dos móveis, enfim, tenta evitar as coisas que podem, fisicamente, te machucar. E antes dos 15 a adaptação nunca leva o nome de crise. Aos 22, no entanto, você já sabe que essa sensação de se adequar a algo que está radicalmente diferente do que era há 1 mês atrás, chama-se crise.

Quando é você que está radicalmente diferente do que era, a crise tem sobrenome: de IDENTIDADE.

Já deu uma olhada no espelho e não se reconheceu no reflexo? Já olhou para seu quarto e não viu sua maneira de ser refletida nos objetos que, até pouco tempo atrás, você venerava? Já abriu seu guarda-roupa e teve vontade de doá-lo todo para uma instituição de caridade? Já sentiu que seus desejos e obrigações não mais coincidiam? Já sentiu cansaço físico por ter que trabalhar, estudar, prestar atenção às pessoas amadas e ainda se manter acordada no meio disso tudo? Parabéns, você também já passou por uma crise como a minha!

Dizem que 22 anos é a idade da loucura. Se isso for verdade, meu aniversário não poderia ter sido um marco melhor. Mas é virando o mundo de cabeça para baixo que se descobre como ele deveria ser de cabeça para cima.

Melodramático? Talvez. Aliás, muito provavelmente. Mas uma coisa eu garanto: não há nada melhor nesse mundo do que passar por uma fase assim, de auto-descoberta e de auto-afirmação. A sensação de acordar um dia e ser capaz de falar “eu sou assim, desse jeito. Gosto disso, não gosto daquilo e hoje eu quero agir assim” é indescritível. Mesmo sendo dramática. Mesmo sabendo que ano que vem, e até mesmo antes disso, tudo vai mudar pelo menos umas 90 vezes.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Pausa para salvar a Amazônia

Pausa no trabalho, nos estudos, na tv, e nos livros.
Mesmo com milhões de provas, trabalhos e zilhões de ligações a serem feitas, vale a pena dar uma parada em tudo e entrar nesse site: www.meiaamazonianao.org.br/
Nada do que eu disser aqui vai ser novidade. Todos nós já estamos cansados de conhecer a situação caótica da Amazônia (juro que escrevo um texto depois mais detalhado e menos apressado do que esse). Por isso mesmo, não perca mais tempo lendo isso, entre lá, se cadastre (é muuuuuuuito rápido) e, se possível, chame os amigos.
É mais fácil que fechar o chuveiro durante o banho ou separar o lixo! ;)